quarta-feira, 26 de maio de 2010

Bem-Vindos novos seguidores!

Quero fazer um post rápido para dar as boas-vindas aos seguidores que estão chegando no nosso espaço! Muito obrigada por prestigiar nossa página, a presença de vocês nos inspira a manter o blog sempre atualizado.

Aproveito também para dizer que leio todos os comments postados, e agradecer aos que passaram pelas "barreiras" de segurança e postaram suas impressões em cada post.

Ainda não consigo responder individualmente cada comentário, mas todos foram acolhidos com muito carinho.

Estou estudando um assunto novo, e em breve comentarei um pouco sobre exportações.

Um abraço carinhoso, e

Até o Próximo Post!

Secex descomplica norma para importação de máquinas e equipamentos usados

A indústria brasileira, nos últimos anos, tem investido muito na renovação de seus parques fabris. Esse investimento é feito de diversas maneiras como a ampliação das unidades, contratação de mais mão de obra, reforma de áreas físicas e substituição de máquinas e equipamentos, apenas para citar alguns exemplos. Neste artigo, vamos falar de uma dessas modalidades de investimento: a importação de máquinas e equipamentos usados. Mas, antes de discorrer sobre o tema, alertamos que, no Brasil, a importação de máquinas e equipamentos usados só é autorizada pelo governo quando não há produção nacional.

Com o crescimento econômico brasileiro, o tema “importação de máquinas e equipamentos usados” tem exigido do Departamento de Operações de Comércio Exterior (Decex) da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) esforços em favor da simplificação de procedimentos e adaptação à nova conjuntura de mercado. Nesse sentido, a Portaria Decex nº 8/91, que há 20 anos regulamentava a matéria, foi atualizada pelas Portarias MDIC 235/06, 77/09 e 207/09.

Na maioria dos casos, a única condição para se importar uma máquina ou um equipamento usado é a de que não haja produção nacional desses bens ou que esses mesmos itens não possam ser substituídos por outros fabricados no Brasil. Com a modernização das regras que normatizam esse tema, o controle de vida remanescente dos bens que serão importados e que dependia da elaboração de laudos técnicos, foi abolido.

Para importar um equipamento usado, o interessado deve preencher uma Licença de Importação (LI) no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), obrigatoriamente, indicando que se trata de um material usado. O acompanhamento é feito no próprio Siscomex, por técnicos do governo brasileiro, e, após análise, o importador será informado, por intermédio de exigência na LI, em que consulta pública seu equipamento foi publicado.

A consulta pública para verificar a existência de produção nacional, que até o ano passado era feita apenas por meio de publicação no Diário Oficial da União, foi modernizada e passou a ser divulgada eletronicamente, na internet, na página do MDIC (www.mdic.gov.br). Essa foi uma maneira que o MDIC encontrou para dar mais transparência ao processo. Com essa mudança, houve benefícios não apenas para o importador, que pode acompanhar de maneira online todo o processo, mas também e principalmente para o produtor nacional, que passou a ter acesso eletrônico às consultas de produção nacional. Uma vez identificada a produção nacional de um produto, o fabricante doméstico tem 30 dias para se pronunciar junto ao Decex, com toda a documentação necessária.

===Notícia publicada pelo SECEX, no endereço eletrônico: http://infosecex.desenvolvimento.gov.br/noticia/exibe/id/143/inf/31


Quero comentar que ainda não verifiquei, na prática, como vai funcionar essa nova sistemática, mas já estou buscando informações junto aos nossos parceiros da área aduaneira, e depois publico as minhas impressões. Na prática é que conseguiremos saber até que ponto essas medidas facilitam e realmente descomplicam a vida dos importadores. A olhos rápidos, parece bem interessante essa modernização dos procedimentos... mantenho todos informados assim que eu tiver mais informações.

Mas reforço o que está explícito no primeiro parágrafo da notícia do SECEX: importação de máquinas e equipamentos USADOS no Brasil tem restrições importantes: SOMENTE após consulta pública e confirmação de que NÃO EXISTE SIMILAR NACIONAL ou QUE OS ITENS NÃO POSSAM SER SUBTITUÍDOS POR OUTROS PRODUZIDOS EM TERRITÓRIO NACIONAL.

Fiquemos atentos.

Um abraço e até o próximo post!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

VAMOS REGISTRAR A NOSSA MARCA?

Cada vez mais o mundo está vivenciando uma transição nos negócios, da diferenciação pela tecnologia (ainda muito evidente, obviamente) para a diferenciação pelos serviços.

Com isso, quero dizer que o amadurecimento da maioria dos segmentos de negócios está levando as empresas a um nivelamento tecnológico e que essa condição já foi assimilada pelos consumidores, que estão também mais especializados, mais exigentes e menos tolerantes com produtos de baixa qualidade.

Basta olhar o segmento de automóveis: o que nos leva hoje a comprar um veículo e não comprar outro da mesma categoria? O gosto pessoal, o atendimento na concessionária, e outros fatores muito particulares de avaliação do consumidor, pois tecnologicamente falando as marcas estão bem similares.

Dito isso, fica a pergunta: o que me diferenciará no mercado? E os especialistas respondem: os serviços. O atendimento pré-venda, a capacitação dos profissionais que se relacionam com o cliente, o cumprimento dos acordos estabelecidos, a confiança que se estabelece nos relacionamentos com a empresa, a certeza de que numa eventual dificuldade ou falha, essa empresa estará ao lado do seu consumidor para atendê-lo e deixá-lo satisfeito.

Dizia um colega mexicano, há uns 10 anos atrás: hoje em dia, já não devemos matar um leão por dia. Temos que fazer cócegas nele e encantá-lo, o que é bem mais difícil.

Serviços dependem de pessoas, são bens intangíveis. São difíceis de serem mensurados, e quando são, sua análise depende de fatores também intangíveis, e aí entra a percepção do consumidor em relação ao atendimento, ao serviço prestado, à empatia com suas dificuldades e a resolução de suas necessidades no tempo considerado adequado.

Também, a manutenção de sua qualidade requer um esforço adicional. Os profissionais precisam compreender que suas ações afetam diretamente o nível de satisfação do seu cliente final.

Mas não é impossível, ao contrário: para aquelas empresas que se propõe a oferecer essa diferenciação, que levam muito à sério a seleção de seu quadro de colaboradores e as políticas do seu Human Resources, em que o constante treinamento e aperfeiçoamento são condições assimiladas pela cultura da empresa, que “ouve” e respeita a opinião do seu consumidor, fazem altos investimentos no treinamento e retenção dos colaboradores, investem fortemente na qualidade não só do produto mas de toda a cadeia produtiva, essas empresas têm apresentado excelentes melhorias de resultado operacional.

Mas aí entra outra questão: concorrer com outros produtos similares, mas com um nível de atendimento inferior, com preços geralmente inferiores, pois não tem alto valor agregado? Como me destacar no meio desse mar de opções?

A resposta é: PELA MARCA. A marca é o que identificará no mercado aquela empresa que é simpática às nossas necessidades. E muitas vezes, o sucesso de um lançamento de produto novo está fortemente ancorado na respeitabilidade dessa marca.

Em qualquer negócio, seja ele nacional ou internacional, começar pela avaliação da marca, registro e valoração da marca é essencial.

Mas fiquemos atentos: uma marca registrada no Brasil pode não ter validade em outros países ou pertencer à outro grupo de empresas fora do País.

Antes de sair comercializando seus produtos no exterior, é prudente verificar e avaliar com profissionais da área de marketing e escritórios especializados em registro de marcas e patentes, se a marca que queremos comercializar está disponível para registro nos países-alvo e se, na cultura onde ela vai ingressar ela significa a mesma coisa que no Brasil e se tem representatividade positiva.

Lembro-me de um caso de uma indústria brasileira, que decidiu usar um nome “americanizado” para um produto de sua linha, e isso no Brasil funcionou muito bem. Registrada a marca, o produto fixou reputação e atendeu às expectativas do grupo no Brasil. Decidiu-se partir para o mercado externo.

Foi preciso fazer toda uma reavaliação de nomenclatura e abrangência, pois esse mesmo produto, com toda a sua qualidade, por causa de seu nome tinha baixíssima aceitação em Cuba, por exemplo.

Já em outros países, a Marca em questão já estava atribuída a outro grupo de empresários, inviabilizando a sua utilização naqueles mercados.

Isso muda totalmente a rotina da fábrica, e as análises passam até mesmo pela avaliação dos custos de produção e diferenciação de uma linha de produção para o exterior, devido à mudança de embalagem. Ter diferentes marcas para o mercado nacional e internacional pode tornar a operação como um todo, mais cara e mais complexa.

Fique atento! A Marca é a identidade do seu produto, é como ele é reconhecido pelo seu público consumidor.

Dê muita atenção à ela em suas análises preliminares de decisão de marca. Avalie bem os objetivos da empresa antes de decidir, principalmente se entre os objetivos de médio-longo prazo estiver o de sair das fronteiras geográficas do Brasil.

Um abraço e até o próximo post!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

ERROS COMUNS NA AVALIAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE IMPORTAÇÃO

Como esse blog se presta a comentar assuntos de interesse da comunidade importadora e exportadora, dos que nunca importaram, dos gestores de área e dos decisores nas empresas, não poderia deixar de comentar os erros mais comuns de avaliação nas oportunidades de negócios que se apresentam, especialmente quando se trata de um produto que depende de importação.

Quando não temos muita experiência com importações, e nos chega às mãos um excelente produto, com preço excelente, mas que se encontra fora das fronteiras de nosso país, tendemos a imediatamente considerá-lo um bom negócio. Se o preço é bom, convertido em reais, se o produto é bom, é um bom negócio! Não necessariamente. É preciso colocar tudo em perspectiva.

Quando temos experiência em importação, ela geralmente é focada em determinados setores, determinadas áreas, onde atuamos mais fortemente. O primeiro erro é acreditar-se generalista quando na verdade se é especialista. Ou seja: se a sua área de negócios é importação de carros e surge uma oportunidade de importar vinhos, esqueça tudo o que você sabe sobre importações. Humildade e postura de aprendiz é a melhor atitude para evitar cometer erros de avaliação. Usar o tempo a favor, e obter o máximo de informação antes da decisão é fundamentel.

Aproveitando o gancho dos produtos que mencionei, imagine-se um excelente importador de carros: você sabe onde conseguir os veículos no exterior, conhece os preços de mercado, sabe como esses carros devem ser acondicionados para o transporte longo e difícil por mar, dentro de containeres e com a correta amarração.

Você sabe que antes desses carros saírem da origem, é preciso cumprir uma série de exigências documentais relativas a VEÍCULOS. E que quando chegaram no Brasil, deverão cumprir com outra série de exigências para sua devida liberação no destino.

Ou seja, emitir as LI´s antes de embarcar a carga, obter as devidas anuências prévias da importação, cumprir com o RENAVAM e atender às exigências das agências reguladoras brasileiras que fiscalizam e regulam o setor de veículos.

Você, acima de tudo, conhece a carga tributária do produto em questão e sabe fazer uma conta rápida, partindo do preço FOB do veículo para determinar, com um grau relativo de precisão, o custo desse veículo depois da logística e das despesas aduaneiras no Brasil. Feito isso, você saberá se tem margem para trabalhar esse produto e qual é essa margem. Enfim, você é especialista no assunto veículos.

Muito bem. Mas a oportunidade agora é de importar vinhos. Você conhece de uvas, de terroir? Sabe classificar seu produto, para conhecer a sua carga tributária e seu tratamento administrativo na Aduana Brasileira? A sua unitização (como a carga será transportada) já não é a mesma. Nem sequer as dimensões e tipo de embalagem são as mesmas. O meio de transporte, as rotas, tudo mudou. Não se esqueça: agora não é mais RENAVAM a sua preocupação. Elas são outras: Ministério da Agricultura (MAPA) e Selo do IPI - para ser muito simples. Sem falar da carga tributária e da forma de tributação. Sua conta rápida para veículos jamais funcionaria para uma importação de vinhos, se usares os mesmos fatores de cálculo.

Se você já entendeu que não conseguirá saber tudo sobre todos os artigos importados, mesmo que se dedique à isso uma vida inteira, saberá que precisa cercar-se de profissionais especialistas na área que você quer agora atuar, que para você, é nova.

Aqui entra o próximo erro: a regra da humildade que vale pra você, vale também para avaliar o especialista que o irá ajudar.

Se o profissional que vai orientá-lo possui pouca ou nenhuma experiência em gestão ou naquele produto especificamente, se ele tiver como perfil fazer análises superficiais, baseado na sua “suposta” experiência com importações (do tipo: quem fez uma faz outra), os riscos de avaliação são maiores.

Porque ele também nunca passou pelo intrincado sistema burocrático brasileiro na importação daquele produto especificamente, e corre o risco de desconhecer ou errar procedimentos, que encarecerão e atrasarão muito o processo da sua importação. Afaste-se dos que dizem que tudo é muito simples. Essa é a resposta que você quer ouvir, mas normalmente não é a que vai afastá-lo dos problemas típicos de um negócio dessa complexidade.

Existe ainda a confusão entre um profissional de gestão de negócios e os despachantes aduaneiros. Esses últimos, altamente especializados na Aduana Brasileira, vem ultimamente se especializando também em gestão de negócios, mas é preciso saber encontrar o profissional que atende à nossa necessidade, se a avaliação que queremos fazer é puramente aduaneira ou se ela engloba o negócio como um todo, inclusive as análises tributárias e os possíveis benefícios fiscais.

O outro erro de avaliação muito comum é não levar em consideração os volumes a serem importados, o valor agregado da mercadoria importada, a incidência dos custos logísticos sobre o produto. Lotes econômicos de compra precisam ser muito bem dimensionados para o melhor aproveitamento dos custos logísticos. O que parece ser um bom negócio pode ser inviabilizado pelo errôneo dimensionamento dos lotes de compra. Não confundir com os MOQs (Minimum Order Quantities) do fornecedor. Essa é condição mínima de compra, mas não necessariamente a mais rentável.

E, por fim, os prazos. Comprar no mercado externo quando se está com pressa em atender uma demanda, é o caminho mais curto para o fracasso da operação.

O timing da compra é vital, e lembrar-se que uma importação é realizada por etapas: investigação, decisão de compra, produção, embarque e transito até o destino, liberação aduaneira na fronteira de ingresso no Brasil e finalmente, o transporte rodoviário até o destino final da carga. Um cronograma das etapas ajuda enormemente à administrar cada momento da importação e seus prazos.

Como uma importação conta com um lead-time longo, um bom projeto de importação prevê estoques reguladores e os corretos pontos de recompra, para evitar o desabastecimento.

Até o próximo post!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

QUERO FALAR DE AMOR!

Esse texto escrevi no dia 24 de abril, refletia sobre a frase do livro "O Monge e o Executivo", que diz: "Não tenho necessariamente que gostar de meus jogadores e sócios, mas como líder devo amá-los. O amor é lealdade, o amor é trabalho de equipe, o amor respeita a dignidade e a individualidade. Esta é a força de qualquer organização."
Essa reflexão, aliada à um evento pessoal, fez surgir o texto a seguir:

QUERO FALAR DE AMOR!

Você conhece o ditado: quando perder, não perca a lição? Hoje é um bom dia para interligar conceitos. E para falar de amor.

Não aquele amor arrogante, mascarador de orgulho, que conhecemos, com o qual sempre nos deparamos nos filmes, nas publicidades da TV, na vida perfeita de comercial de margarina. Estou falando de amor!

Vamos refletir: porque existe tanta confusão quando tentamos interpretar as mensagens de mestres da sabedoria, como Jesus, Buda, ou os Profetas? Porque eles falavam de amor. Acho que hoje comecei a entender um pouquinho.

Levou muito tempo para que esse conceito chegasse ao meu coração. Ele estacionou muito tempo em meu cérebro, ficou dando voltas por lá, bateu no meu orgulho, no meu egoísmo, na minha indiferença. E hoje, acho que esqueci de atarracar um ferrolho da armadura do meu coração. Fiquei sem resistência, e comecei a entender um pouco do Amor.

Esqueça tudo o que você sabe, ou acha que sabe: o amor não floresce num campo de lírios e girassóis, cercado por um dia incrivelmente claro, na bucólica paisagem da felicidade. Nada! Pura bobagem. O que nasce nesses lugares são o desejo, a cobiça, a satisfação do 'eu'.

Quando alguém muito apaixonado diz "Eu te amo", na verdade está dizendo: enquanto você me fizer sentir isso, eu te retribuo.

Mas amor nada tem a ver com retribuição. É um sentimento difícil de ser conquistado. Nasce nas paisagens mais inóspitas, alguns dizem que no topo de uma montanha. Pois eu atesto que é no fundo de uma caverna.

Quando você não tiver nada a ganhar, nenhuma barganha.

Quando você tiver todos os motivos para deixar como está, ou ir embora carregando o oposto do amor, o ódio, seu antagonista de força idêntica.

Quando você sentir que nada do que você faça para a pessoa amada trará algum ganho colateral na sua vida, e ainda assim, você SABE que amar sem medida é a única coisa certa a ser feita,...

Nesse momento, você está encontrando o caminho para o amor.

Mas eu disse: não é fácil. Muitos, mesmo vislumbrando o amor, desistem dele.

Dizem que o amor exige sacrifícios. Não sei dizer, pois tenho a impressão de que, quando ele finalmente entra em nosso coração, nada é tão dificil. Como na música americana: there's no mountain high enough...

Você saberá quando o encontrar.

Porque ele une contraditórios. Ele derruba conceitos e preconceitos.

Agarre-se à ele. A luz que ele produz na alma é alimento suficiente para tirá-lo da caverna escura onde ele nasce. Revela belezas as mais inesperadas.

Raro esse tal amor! Apenas agora encontro sua trilha...

Claro, ainda quero me apaixonar e dizer: "eu te amo" em retribuição ao sentimento de plenitude despertado pelo desejo satisfeito.

Mas hoje, especificamente hoje, estou atordoada com o Amor.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

O que mantém sua mente alerta?

Li um texto publicado por Wellington Moreira, da Caput Consultoria, onde ele basicamente contestava a famosa pergunta que os executivos e possíveis contratantes gostam de fazer para conhecer seu provável contratado: "Quanto tempo de experiência tens?" e dizia que experiência não é fazer repetidamente as mesmas coisas, mas experimentar, fazer coisas diferentes ou de um modo diferente.

Tenho pensado muito sobre isso. Porque fazer as mesmas coisas todos os dias, da mesma maneira, nos entorpece. No século passado, ´rebelar-se contra o "status quo"´era a frase preferida da geração dos meus pais, porque naquela época os limites eram mais estreitos e os estereótipos eram imensos: homem não chora, menina senta com as pernas cruzadas e veste saia, mulheres não comandam suas próprias vidas, precisam da aprovação dos maridos para qualquer coisa, e por aí afora.

E, se hoje a liberdade parece ser o lema da geração atual, sinto que às vezes essa mesma geração (e nós que vivemos nessa época), em meio à tantas possibilidades, se recolhe, se recusa a exercer o poder da escolha e repete sempre as mesmas coisas, para ter a sensação de estar segura.

Porque fazer coisas diferentes é arriscar-se. É executar um movimento nunca executado antes, é atrever-se por um caminho nunca andado antes. Não importa quantas vezes esse caminho tenha sido trilhado por outras pessoas, ele é um caminho completamente novo para quem nunca o fez. Ler sobre o assunto, aprender com as experiências dos outros é ótimo, serve de guia para não nos arriscarmos além do necessário. Mas não substitui a oportunidade viver nossas próprias experiências.

Percebo que andar todos os dias pelas mesmas ruas, almoçar todos os dias nos mesmos lugares, conversar todos os dias sobre os mesmos e repetitivos assuntos com as mesmas pessoas, enfim, permitir que a rotina assuma o controle das nossas vidas, nos leva a uma mente preguiçosa, que não se esforça mais, que procura o caminho mais curto e conhecido. Já diziam os sábios, temos tendência à acomodação. Nossa mente sabe disso, e está procurando sempre nos levar a executar mais rápido nossas tarefas, para nos acomodarmos mais depressa!

Qual o antídoto? Fazer algo diferente, de tempos em tempos, para manter a mente esperta, o oxigênio acordando cada fibra de nosso ser. Não falo de arriscar um salto de paraquedas sem o devido preparo. Falo de mudar algo na nossa conhecida rotina, nos movimentos corporais que executamos diariamente. Mudar um pouco a lente pela qual vemos o mundo, nos permitir pensar de uma forma diferente.

A busca por segurança, a redução de nosso paladar para sabores conhecidos e que nosso cérebro 'gosta", não é privilégio de um ou outro indivíduo. Todos tememos errar, e repetir o que deu certo parece ser uma boa fórmula para nos proteger do fracasso. Mas já perguntava o Rappa: "qual a paz que eu não quero conservar pra tentar ser feliz?".

Claro, arriscar-se é sem dúvida, se expor. E, porque não, pagar micos! Gostamos de rir das situações inusitadas ocorridas com os demais, mas geralmente evitamos a todo o custo protagonizar alguma delas.

Essa que eu vivi, lembro com carinho e ainda me divirto interiormente:

Quando eu residia no Chile e fui à trabalho para a Espanha, forcei o ritmo e concluí o trabalho 4 dias antes do previsto. Resolvi não retornar antes e estender a viagem para Paris. Como eu estava no norte da Espanha, fui muito fácil cruzar a fronteira de carro, tomar um avião no sul da França e descer no Charles de Gaule em Paris. Fui acompanhada de uma amiga e colega de trabalho, que fez comigo a viagem à Espanha. A primeira impressão, naquele imenso aeroporto, é de estar-se em um mar aberto, sem salva-vidas. Sem falar o idioma (apesar de ser fluente em Inglês e Espanhol), senti-me muito limitada, mas tratei de superar esse medo inicial, mergulhando nas possibilidades.

Como somos corajosos quando saímos de nosso habitat! Sempre acostumada a viajar com toda infraestrutura de uma corporação, em cada país que eu chegava já tinha à minha espera um carro com motorista, um excelente hotel reservado, um contato local para me guiar pelas cultura, gastronomia e idiosincrasias regionais.

Bom, essa não era uma viagem de negócios, era mais bem a oportunidade de conhecer Paris! Rapidamente, confesso, mas uma grande oportunidade. Estávamos tão perto! Nossa infraestrutura, nossa rede de segurança ficou na Espanha. Em Paris, estávamos por conta e risco.
Eu, pessoalmente, à exceção do Trensurb que usei uma ou duas vezes na juventude, nunca usava metrô. Minha amiga, apesar de residir em Santiago do Chile, que possui uma excelente rede de metrô, sempre teve carro, e desconfio que também nunca havia entrado em um. Pois bem, sem falar uma palavra em francês, decidimos ir para nosso hotel DE METRÔ, porque sabiamos que em Paris, de metrô se vai a todos os lugares.

Para economizar bagagem, deixamos nossas coisas em um hotel de Pamplona e fizemos uma mala única, com somente o essencial para os 4 dias de nossa aventura. Tudo o que levamos, compartilhados naquela mesma mala. Saímos do aeroporto, cada uma segurando uma alça da sacola de viagem. Eu, com as passagens, reserva de hotel, telefones, tudo na minha bolsa.

Corajosamente nos dirigimos para tomar o famoso metrô, afundadas no estilo de vida parisiene. Em Paris, locomova-se como os franceses! Chegamos na estação animadas, falantes, admirando até pixação nas paredes da estação subterrânea do Arco do Triunfo. Tudo era motivo de encantamento.

Eis que chega o tão esperado metrô. Muita gente entrando, eu e minha amiga carregando aquela pesada mala com todas nossas coisas. Eu, com medo de nao conseguir entrar a tempo no vagão, me apresso e atravesso a porta. Minha amiga vacila, e a porta do vagão se fecha à minha frente: eu do lado de dentro, com todo o dinheiro, endereço do hotel, passagens, vouchers de viagem... minha amiga e a mala do lado de fora, paradas na estação enquanto eu me afastava, olhando pelo vidro da porta...

A sensação de desespero foi horrível. Não conseguia pensar no que fazer. Uma senhora francesa, percebendo meu desespero, gritava alguma coisa que eu não entendia e meu cérebro, em curto-circuito, não interpretava os gestos exagerados daquela senhora. Até que finalmente entendi! Ela dizia (ou acho que dizia) para eu descer na próxima estaçao e esperar minha amiga. Foi o que fiz. Desci numa estaçao escura, onde fiquei sozinha uns 20 minutos esperando passar o próximo trem, rezando a Deus que minha amiga o tivesse tomado.

Para minha sorte, foi exatamente o que ela fez, e assim começamos nossa aventura de 4 dias por Paris: perdida uma da outra, uma com a mala e a outra com o dinheiro e endereço de hotel.

Você talvez esteja pensando: que maneira de se começar uma viagem! Pois eu digo: a melhor maneira! Nossos cérebros despertaram, rimos muito de nosso pequeno infortúnio, e esse foi o tom da nossa viagem pelos próximos dias. Nenhum novo imprevisto, tudo correu perfeitamente.

A partir daí, fomos a todos os lugares de Paris que alcançamos conhecer em nossa curta estada, usando o excelente sistema de metrô da cidade.

Ficou a lição: se quiser desfrutar de algo novo, prepare-se para viver alguns micos. Mas não se intimide, ria de seus enganos, aprenda com eles e siga o programa de sua viagem para Paris ou para o seu próprio futuro.

Tenho experiência. Muita. Inclusive a de me perder em Paris nos primeiros 30 minutos da viagem, para me reencontrar com minha amiga pouco tempo depois.

A partir de então, todas as vezes que os meios de transporte que uso para me conduzir de um problema à sua solução não funcionam, me lembro que existem metrôs! E busco outra forma de resolvê-los. Sempre dá certo. Se relaxarmos nossas travas no momento de crise, interpretamos até idiomas desconhecidos e nossos próprios pares nos ajudam a encontrar as soluções que nos faltam.

Não teria sido possivel constatar a solidariedade de uma gentil senhora francesa, se não tivéssemos tomado um meio de transporte ao qual nao estávamos habituadas.

Até o próximo Post!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Santa Catarina Estado de Excelência em Benefícios Fiscais

Por Daniela Pacheco - Komcorp Assessoria e Consultoria Tributária (www.komcorp.com.br)


Santa Catarina tem atraído empresários de todo o Brasil por se destacar nas alternativas de benefícios e incentivos fiscais oferecidos pelo Governo do Estado. Empresas de vários segmentos instalaram-se em Santa Catarina com o intuito de se beneficiar dos incentivos fiscais oferecidos, sendo que, destaca-se a total segurança jurídica em relação a essas concessões.

A principal reclamação dos empresários é justamente com os tributos que dificultam o desenvolvimento empresarial, porém com o incentivo, é possível melhorar consideravelmente o fluxo de caixa.

Fazendo um comparativo, para as importações realizadas por intermédio de portos e aeroportos localizados no estado de São Paulo, o imposto sobre circulação de mercadorias e prestação de serviços (ICMS) devido no desembaraço aduaneiro, será de 18%. Em contrapartida, Santa Catarina através de regimes especiais, prevê possibilidades de redução de base de cálculo, e crédito presumido, resultando em uma das menores alíquotas efetivas do ICMS.

Para a economia catarinense os benefícios concedidos ao empresariado geram emprego, renda e um aumento na arrecadação de impostos.
Empresas de qualquer porte, principalmente as trading companies, são as mais interessadas nestes benefícios estaduais, posto que, negociam suas margens com a consideração do lucro financeiro, que será obtido a partir dos benefícios e incentivos fiscais concedidos na operação de importação e saída das mercadorias importadas.

Podemos citar um benefício muito vantajoso, o que permite reduzir a alíquota de ICMS devido na importação de 17% (via de regra), para 3%. O consumidor também usufrui das reduções, pois o produto final acaba sofrendo abatimento de preço.

Com o intuito de facilitar os trâmites de encaminhamento das solicitações a Secretaria do Estado da fazenda que é o órgão criador do projeto, ela oferece ao contribuinte um serviço on-line através do site www.sef.sc.gov.br.

O que deve ficar a cargo de uma empresa especializada é a definição do benefício adequado conforme a necessidade de cada empresa e a preparação de todas as solicitações da Secretaria do Estado da Fazenda para o ingresso. O que ocorre é a solicitação de um projeto detalhado do empreendimento e outras informações previstas no regulamento que devem ser encaminhados ao Secretário do Estado da Fazenda.

Então importe oportunidades e exporte resultados!