Tenho pensado muito nisso... em tempos de internet, onde a informação é de fácil acesso, e circula livremente, o que faz realmente a diferença?
Todos podem acessar todas as informações. Existe hoje o acesso e a democracia da informação. É possível saber nomes, endereços, telefones, e o que mais se quiser sobre quem se pretender.
Mas, ainda assim, existe o sucesso e o fracasso, nas abordagens pessoais e também nas profissionais. Onde reside a diferença?
Me atrevo a vislumbrar a resposta. Para mim, ela reside em 3 fatores e não mais que três.
O primeiro pode ser resumido em "como". Como lidamos com a informação. Como transformamos dados em informação. Como manipulamos o que é de conhecimento público para extrair aquilo que é oculto, nem tão evidente. Como cruzamos informações discrepantes para entender o contexto não aparente.
O segundo, pode ser resumido em "quando". Timing é fundamental. Chegar adiantado ou atrasado numa decisão, é fatal. Nesse quesito, conte sempre com a ajuda espiritual, porque nem mesmo o maior guru consegue compreender o exato momento em que o não se converterá em sim. Por isso, é importante fazer-se presente sempre, e contar com o alinhamento cósmico (ou a bênção divina, se preferir). De maneira sutil, às vezes evidente, outras de maneira subliminar, enfim... Esteja a postos e preparado. De nada serve receber uma oportunidade se não estamos preparados para atendê-la.
E para mim, o fator mais importante é e sempre será, "quem". Não importa quantas vezes eu cante ou decore a canção "someone like you" da Adele... eu nunca, jamais serei a Adele! Por isso, é imperativo entender nossas habilidades, nossas melhores capacidades, aquilo que nos diferencia... porque apesar da imposssibilidade de ser igual, ser diferente é uma dádiva. Ser diferente, resume-se em agir "de maneira diferente", é o que nos permite o saldo quântico.
E será que estamos preparados para o risco, para a exposição?
Me permitam dizer, do alto dos meus quase 50% de vida estimada percorridos, que não... nunca estamos preparados. Por mais que busquemos, por mais que nos ajustemos ao meio, e ainda que possamos compreender os anseios dos que nos prestigiam, é impossível identificar, catalogar e atender a cada expectativa. Então, o caminho é ser autêntico.
E mesmo que pareça ameaçador, isso implica em riscos. Alguns aceitarão, outros compreenderão, outros sequer terão idéia do que ocorre em nossas mentes e em nossas ações. Mas teremos encontrado nosso nicho. Teremos encontrado aqueles que anseiam pelas mesmas coisas, e fazem as mesmas perguntas. E se sentirão imbuídos dos mesmos ideais.
Então, é inútil tentar ser o que não somos. E também nada acrescenta. Nada de tentar enquadrarmo-nos em conceitos pré-estabecidos ou encaixar nossa personalidade nos padrões "aceitáveis".
Saiba que toda a dose de padrão e normatização já está absorvida, porque somos bombardeados por elas desde nosso nascimento. Mas a verdadeira paz reside em absorver do meio o que ele nos pode oferecer e a ele devolver o que nos tornamos. E eu, pessoalmente, tenho medo da mediocridade da "decisão mais conveniente".
Não, definitivamente, não serei Adele... mas com certeza, tenho qualidades que ela não possui, apesar de admirá-la muito, e um timbre de voz que ela, tampouco, poderá igualar, se tentar.
Um abraço e ate o proximo post.
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